É muito antiga a devoção a São Joaquim e Santa Ana, sobretudo no Oriente. A liturgia de São João Crisóstomo refere-se a eles como ‘os santos Avôs de Deus Joaquim e Ana’. Grande deve ter sido a santidade dos dois esposos, para que deles nascesse a Virgem Imaculada, a Mãe de Deus!
Ana e seu marido Joaquim já estavam com idade avançada e ainda não tinham filhos. O que, para os judeus de sua época, era quase um desgosto e uma vergonha, pois os judeus esperavam a chegada do Messias, como previam as sagradas profecias. Toda esposa judia esperava que dela nascesse o Salvador e, para tanto, ela tinha de dispor das condições para servir de veículo aos desígnios de Deus, se assim ele o desejasse. Por isso a esterilidade causava sofrimento e vergonha e é nessa situação constrangedora que vivia o casal. Mas Santa Ana e São Joaquim rezaram por muito e muito tempo até que, quando já estavam quase perdendo a esperança, Ana concebeu.
No Evangelho, Jesus disse: ‘Pelos frutos conhecereis a árvore’. Assim, não são necessários outros elementos para descrever-lhes a santidade, senão pelo exemplo de santidade da filha Maria Santíssima. Afinal, Deus não escolheria filhos sem princípios ou dignidade para fazer deles o instrumento de sua ação.